A comissão permanente de acessibilidade em conjunto com o Subgrupo de Ensino remoto e plataformas digitais do GT Pós- pandemia Macaé, produziu um texto com informações úteis a serem observadas na produção das aulas e afins.
ORIENTAÇÕES GERAIS PARA AS AULAS
VIRTUAIS ACESSÍVEIS
Profa. Jane Capelli
Discente Artur Valladares
As principais necessidades a serem observadas na escolha de plataforma, produção de conteúdo, dentre outros, seriam relativas a: baixa visão; deficiência auditiva bilateral profunda (surdo); em uso da Língua Brasileira de Sinais (Libras); pessoa com deficiência auditiva bilateral moderada. Sendo assim, os materiais produzidos devem contemplar as necessidades citadas da seguinte forma:
- Apoio do Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de Sinais (TIL) (Língua Brasileira de Sinais = Libras);
- Dois TILs para revezamento em cada aulas (é lei o revezamento a cada 20/30 minutos entre os TILs).
- Realização de reunião prévia com os TILs de pelo menos duas semanas de antecedência. Há aspectos importantes que os TILs deverão combinar e esclarecer com o professor.
- Envio do conteúdo da aula pelo professor com pelo menos uma semana para o TIL (ele precisa estudar e selecionar as palavras e termos técnicos que não possuem sinais para, junto ao estudante surdo sinalizante, estabelecer como irá passar o conteúdo ministrado). Se possivel, passar também ao estudante para que ele possa pesquisar e combinar com o TIL os sinais;
- Os TILs precisam conversar previamente com o estudante surdo para combinar os sinais para termos técnicos ou sinais inexistentes na disciplina ministrada);
- O professor deverá falar pausadamente, com o tom da voz em uma altura um pouco mais elevada para que o estudante com deficiência auditiva moderada e severa possa entender, bem como o TIL, pois ele irá passar o conteúdo ao estudante surdo sinalizante;
- O professor deverá estar de frente a tela, evitar colocar a mão na boca ou para que viabilize a leitura labial. Em caso de uso de barba pelo professor, apará-la na altura dos lábios (se possível) de modo que os estudantes surdos e com deficiência auditiva moderada ou severa (em uso ou não de próteses auditivas) possam ler seus lábios;
- Uso de fontes com tamanho da letra entre 22 e 24 (e caixa alta) para a produção de textos e legendas tanto para o estudante com baixa visão;
- Uso de fontes com cores escuras com fundo claro para facilitar a leitura;
- Evitar ruídos na transmissão. O estudante em uso de próteses auditivas, dependendo do tipo de prótese, irá receber todos os sons e ruídos, deixando-o muito desconfortável;
- Uso de imagens nítidas e com o tamanho grande na elaboração dos slides para ajudar tanto o estudante com baixa visão e o surdo na associação com o conteúdo ministrado;
- Uso de WhatsApp para formar um grupo com a turma para ajudar nas orientações sobre conexão, permissão para entrar na sala virtual, dentre outros, aos estudantes que tiverem dificuldade em usar a plataforma.
Macaé, 10 de julho de 2020.